Durante reunião em cúpula sul-americana, Lula propõe moeda única.

No início do discurso, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, relembrou da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e seu protagonismo na  integração dos países da América do Sul como também a importância de organismos como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“A América do Sul tem diante de si, mais uma vez, a oportunidade de trilhar o caminho da união. E não preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo. Lembremos que ela está em vigor, sete países ainda são membros plenos. É importante retomar seu processo de construção, mas ao fazê-lo, é essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta transições”, disse Lula.

Para tal, o mandatário brasileiro sugeriu que fosse criado um Grupo de Trabalho de Alto Nível para refletir sobre os trabalhos propostos no encontro desta terça-feira.

Essa medida teria como objetivo principal fortalecer a integração entre os países.

Esse grupo de trabalho teria um prazo total de 120 dias para apresentar as bases da integração regional.

Participam dessa cúpula dez chefes de Estado, mas se tem a ausência da presidenta do Peru, Dina Boluarte que não pode sai do país por problemas internos.

Veja os nomes:

-Alberto Fernández (Argentina)

-Luís Arce (Bolívia)

-Gabriel Boric (Chile)

-Gustavo Petro (Colômbia)

-Guillermo Lasso (Equador)

-Irfaan Ali (Guiana)

-Mário Abdo Benítez (Paraguai)

-Chan Santokhi (Suriname)

-Luís Lacalle Pou (Uruguai)

-Nicolás Maduro (Venezuela)

-Alberto Otárola, presidente do Conselho de Ministros (Peru) 

Esse encontro tem como objetivo promover o diálogo entre os líderes e assim identificar os dominadores comum.

Discutir perspectivas de reativação e cooperação  entre os países em áreas-chaves, formas de integração continental e diálogo constante entre os presidentes.

Compõem as áreas-chaves: saúde, mudanças climáticas, defesa, combater aos ilícitos transnacionais, infraestrutura e energia, entre outros.

Entre uma série de propostas que Lula fez está a criação “de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extra regionais”.

Lula não sugere uma troca da nossa moeda, o  real, mas a instituição de uma moeda apenas para pagamentos de importações e exportações. Essa ideia surge por conta da escassez de dólar e os impactos na política monetária de parceiros comerciais importantes.

Em viagem para Argentina em janeiro o presidente brasileiro também cogitou a possibilidade de adoção de uma moeda comum entre Brasil e Argentina, mas o mecanismo não vingou.

No período da manhã aconteceu discurso de abertura de Lula com pronunciamento de todos os chefes de estado.

No período da tarde houve conversas informais entre os presidentes em caráter reduzido. durante à noite as delegações participaram de um jantar no Palácio da Alvorada.